OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Com a homologação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em 2017, todas as etapas da Educação Básica começaram a passar por mudanças em sua estrutura curricular, de forma a se adaptar à nova base comum nacional.

A escola brasileira, desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, vem passando por mudanças em toda sua composição e estrutura. Desde então, todos os indivíduos entre 4 e 17 anos precisam frequentar a Educação Básica e essa deve promover um desenvolvimento integral dos seus alunos, contemplando aspectos não só intelectuais e cognitivos, mas emocionais, físicos e sociais.

Atualmente, com o reforço da promulgação da nova BNCC, a escola tem como prioridade o desenvolvimento integral do aluno, proporcionando experiências de aprendizagem que desenvolverão as competências e habilidades apresentadas na BNCC e resultarão em autonomia cognitiva e social. O uso das tecnologias educacionais em sala de aula e o próprio perfil dos alunos que ingressaram na escola no século XXI têm causado uma verdadeira revolução na escola como a conhecemos.

Essa revolução, não apenas comportamental, conceitual e cultural, adentra a sala de aula de forma mais intrínseca, escancarando métodos ultrapassados de ensinar e de avaliar. Porém, ainda hoje a prova é utilizada em larga escala para avaliar o desempenho dos alunos e o grau de apreensão do conteúdo, mas existem outras várias formas de avaliar, que serão descritas a seguir, não descartando, no entanto, a prova (fonte: https://provafacilnaweb.com.br/blog/metodos-de-avaliacao/ ).

·         Prova Objetiva, Discursiva e Oral

As provas objetivas são o método mais conhecido e difundido de avaliação, sendo composto de perguntas diretas sobre o conteúdo ensinado em sala de aula em que só existe uma única resposta. As provas objetivas podem ser seguidas por opções de múltipla escolha em que o professor elabora cerca de quatro ou cinco opções de resposta para o enunciado. Também pode-se adotar afirmações, podendo o aluno apontar verdadeiras ou falsas. De qualquer forma, a resposta da prova objetiva é sempre correta ou incorreta, não admitindo variações (Fonte: https://comopassarja.com/o-que-e-prova-objetiva)

A Prova Dissertativa ou Discursiva é outro método bastante utilizado nas escolas e consiste na elaboração de uma série de questões que exigem, entre outras coisas: estabelecer relações entre informações, dados e conteúdos, resumir, analisar, julgar, estabelecer relações de prioridade, hierarquizar, etc. Ao contrário das provas objetivas, as dissertativas não apresentam opções de resposta e os enunciados são menos diretos.

Na questão dissertativa ou discursiva, você pode elaborar melhor a resposta. Ela pode vir acompanhada de um texto de apoio, ou um enunciado maior. O aluno pode construir sua resposta de diversas formas, com várias perspectivas. Assim, pode-se acertar totalmente ou parcialmente, sendo as chances de errar totalmente menores.

Na prova oral, o professor faz perguntas ao aluno, que podem ser objetivas ou subjetivas. Podem envolver, por exemplo, a leitura de um texto, opções de verdadeiro ou falso, elaboração de discursos, entre outras possibilidades. 

·         Avaliações coletivas: trabalho em grupo e debate

A avaliação não precisa ser individual o tempo todo, o professor pode usar métodos que permitam a averiguação de habilidades sociais, interacionais e psicoemocionais. Um desses métodos é o trabalho em grupo que pode ter diferentes formatos, dentre os mais comuns estão a apresentação oral, conteúdo escrito ou gráfico, por exemplo, mas seu principal objetivo é estimular o contato entre alunos com ideias, métodos e características diferentes. Especialistas afirmam que trabalhos em grupo não devem ser a única maneira de avaliar seus alunos, que alguns aspectos importantes relacionados à reflexão e domínio do conteúdo só podem ser melhor analisados em avaliações individuais.

O debate também é uma forma eficaz de averiguar esses objetivos. Pode ser feito de forma oral ou textual. O objetivo é avaliar a capacidade de argumentação e as habilidades sociais. Serve para estimular os estudantes a mostrarem seu ponto de vista e defenderem uma determinada ideia com base em argumentos, construídos com leituras, vídeos, textos e reportagens sugeridas pelo professor. Além de desenvolver habilidades como a oratória e a habilidade em falar em público, seja para uma plateia, ou para os próprios colegas de sala, o debate também tem papel fundamental de fazer o aluno ouvir posições contrárias às que ele acredita, respeitando quem pensa diferente.

 

·         Autoavaliação

Este é um método ainda pouco usado pelos professores e instituições de ensino no país, mas avaliado de forma positiva por especialistas da área do ensino. Em primeiro lugar é preciso saber que a autoavaliação só irá atender aos objetivos propostos pela escola e pelo docente se a relação professor-aluno ou professor-turma for de confiança. Isso porque o método prevê que os alunos falem ou escrevam sobre seu próprio processo de aprendizagem, estimulando a auto-crítica.

·         Seminário

O seminário tem o objetivo de aprofundar o envolvimento do aluno com um determinado tema ensinado em sala de aula e estimulá-lo a falar sobre isso na presença de outras pessoas. Tem como características:

ü  Escolha de um tema, antecipadamente, e divisão da sala em equipes;

ü  Análise de conteúdos sobre o tema, direcionada pelo professor em aulas anteriores às apresentações;

ü  Disponibilização de materiais e bibliografia pelo professor;

ü  O professor deve disponibilizar algumas aulas para o preparo dos seminários e orientar os alunos;

ü  Uso de tecnologias digitais;

ü  Deve fazer parte do planejamento escolar e do professor.

·         Observação de aluno

A observação dos alunos e o registro dessas observações devem ser adotados durante todo o período letivo para que a avaliação seja o retrato mais fiel possível do que apresentou o aluno dentro da sala de aula. Para isso, é importante adotar o hábito de fazer as anotações durante a aula e não no fim do dia, evitar generalizações ou situações pontuais que foram resolvidas em classe. Isso pode parecer cansativo, mas poupa tempo no final do período. Para facilitar, é interessante montar uma planilha com itens discriminados a serem avaliados, tais como: habilidades, comportamento, participação, competências, assiduidade, envolvimento, solidariedade. Ter as competências e habilidades da BNCC como bases é algo importante também.

·         Relatório individual

O relatório individual é um texto produzido pelo aluno logo após a realização de atividades ou projetos temáticos pontuais. Você pode adotar como incentivo ao respeito e à concentração durante a apresentação dos seminários dos colegas. Ele também pode ser usado após passeios, filmes, vídeos, palestras, etc. Como o texto é produzido logo após o encerramento de uma atividade, ele consegue medir com exatidão o grau de apreensão do conteúdo por parte do aluno. Dessa forma, é preciso que seja pedido imediatamente após a exposição do evento.