AVALIAÇÕES EXTERNAS
E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Na educação
brasileira, não são apenas os alunos que passam por avaliações periódicas. As
instituições de ensino, da educação básica ou superior, também são avaliadas.
Esse processo pode se dar por duas formas: pelas avaliações externas aplicadas
pelo MEC, SEDUC-MA e os sistemas de ensino, de forma a investigar o desempenho
dos alunos (e consequentemente da escola) e a avaliação institucional. Enem,
Prova Brasil, Pisa, ANA, SAEB, SEAMA são alguns exemplos de avaliação externa,
mas as secretarias municipais também podem adotar avaliações próprias.
As avaliações
externas têm como objetivo aferir a qualidade do ensino, para o monitoramento e a elaboração de políticas públicas
a partir de um panorama
do desempenho educacional. Seus indicadores devem ser analisados e
transformados em trabalho efetivo nas escolas, redirecionando as práticas
pedagógicas. Em outras palavras,
trata-se de uma avaliação de desempenho aplicada por um agente externo à
escola. Com base nos resultados
dessa avaliação, as escolas
desenvolvem estratégias mais assertivas para enfrentar os problemas que afetam o desenvolvimento
dos alunos.
Até o ano de 2018, tínhamos
os seguintes exemplos
de avaliação externa:
Ø Avaliação Nacional
da Educação Básica
(Aneb);
Ø Avaliação Nacional
do Rendimento Escolar
(Anresc);
Ø Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA);
Ø Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem);
Ø Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa).
A partir de 2019, conforme vemos na imagem acima, o SAEB, passa a encampar a ANEB, ANRESC, Prova Brasil e ANA, que antes tinham datas diferentes para serem aplicadas. Não devemos confundir o nome da avaliação com o nome do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante.
Por meio de testes e
questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da
rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos
estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de
informações contextuais. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no
Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb).
Fonte: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames- educacionais/saeb
A Prova Brasil era realizada a cada dois anos, estudantes do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas da rede pública, até 2018. A partir da edição de 2019, ela passou a ter o nome de SAEB, sistema que existe desde os anos de 19 90 e que, agora, nomeia o conjunto de avaliações da Educação Básica. Com os resultados desses exames, é possível traçar um painel da educação no país, o que contribui para o desenvolvimento de políticas públicas na área. Além disso, esses resultados permitem que as escolas façam um diagnóstico das ações já implementadas e busquem práticas mais assertivas. Além disso, existem outros aspectos importantes (fonte: https://educacao.imaginie.com.br/avaliacao- externa/):
Ø Possibilita melhorias nas atividades pedagógicas, visto que os resultados dos exames ajudam os professores a identificar e solucionar algumas dificuldades;
Ø Auxilia na formulação e no monitoramento de políticas públicas de educação.
Desde 2019, o Sistema Estadual de Avaliação do Maranhão (SEAMA) tem cumprido com esse objetivo, avaliando se os estudantes do estado estão consolidando as metas de aprendizagem previstas pela Base Nacional Comum Curricular. Além de monitorar o desempenho dos alunos, o SEAMA produz indicadores que orientam os gestores das redes de ensino a pensarem em políticas públicas educacionais que possibilitem a melhora do processo de ensino-aprendizagem.
A partir dos dados gerados sobre o desempenho estudantil, as equipes pedagógicas podem pensar em intervenções e projetos que assegurem o pleno desenvolvimento de seus alunos.
O SEAMA conta com a aplicação de duas avaliações por ano, uma delas com caráter Diagnóstico, aplicada no primeiro semestre do ano letivo; e a outra com aspecto Somativo, realizada ao final do ano letivo. Assim, os atores educacionais obtêm um panorama de quais são os principais desafios a serem enfrentados ao longo do ano letivo, podendo focar nos principais pontos de atenção detectados pela avaliação. Ao final do ano, eles têm como identificar quais ações pedagógicas podem ser mantidas para o ciclo escolar seguinte.
Os resultados dessas
provas devem ser interpretados de forma eficiente, para de fato serem criadas
intervenções efetivas e repensados os planejamentos que não estiverem sendo bem-sucedidos. É
recomendável que as análises e ações discutidas para cada disciplina sejam
feitas em momentos distintos. Algumas
dicas para lidar com as defasagens dos alunos são (fonte: https://educacao.imaginie.com.br/avaliacao-externa/):
Ø Dar atenção individual para os alunos que apresentam dificuldades;
Ø Oferecer atividades extras, como exercícios e grupos de estudo;
Ø Compreender as causas
das notas baixas
e reprovações;
Ø Avaliar os alunos
durante todo o ano
letivo.
·
Avaliação Institucional
A avaliação institucional escolar é uma ferramenta que auxilia
as instituições de ensino a realizarem um diagnóstico
real de si mesmas. Esse tipo
de avaliação tem como objetivo entregar mais
qualidade de ensino e atender
as demandas dos estudantes e dos profissionais
escolares. As perguntas devem ser quantitativas e se
referir a diversos aspectos da instituição de ensino, tais como:
ü Infraestrutura física;
ü Infraestrutura tecnológica;
ü Metodologia pedagógica;
ü Corpo docente;
ü Responsabilidade social;
ü Comunicação interna
e externa;
ü Relacionamento com a comunidade escolar;
ü Ambiente e condições de trabalho;
ü Atendimento das equipes administrativas.
A
avaliação pode ser composta de uma classificação numérica ou conceitual, tendo
espaço para respostas discursivas e questões opcionais. Os resultados são divulgados de forma quantitativa, sem constranger corpo docente, colaboradores
ou gestão, ou seja, sem apontar culpados para reclamações e erros.
Também o preenchimento é anônimo, para preservar alunos,
professores e outros membros da comunidade escolar (Fonte: https://www.amaiseducacao.com.br/o-que-e-como-funciona-e-quais-os- beneficios-da-avaliacao-institucional-escolar/).